domingo, novembro 27, 2011
Sonoridades: Bach e o Fado
sábado, novembro 12, 2011
Projeto 2011
Já foram (quase) esgotadas as referências em vários sítios, blogs e plataformas virtuais.
Mas eu tinha de deixar aqui este testemunho: afinal de contas, não obstante todas as restantes pessoas que trabalharam neste evento e todas as ajudas que caíram (algumas literalmente) do céu - como foi o caso do tempo de sol excelente entre duas semanas de vento, frio e chuva - este foi o projeto principal dos meus últimos 10 meses de existência.
Muito gratificante!
:)
Aqui fica:
domingo, outubro 02, 2011
Amor: retalhos II
domingo, setembro 04, 2011
Despojos de um almoço de Domingo
De regresso às coisas simples.
Houve um tempo em que não gostava do Domingo: achava-o um dia entediante e desprovido de interesse, que apenas fazia sobressair um dos defeitos mais proeminentes em mim – a preguiça. Era um dia que me dava dores de cabeça…
Com o avançar dos tempos fui descobrindo as pequenas delícias que um Domingo nos pode proporcionar. Sem a ideia preconcebida de um descanso imposto, fui-me deixando levar pelo abandono prazenteiro de me entregar ao que me reserva este dia da semana.
Hoje aconteceu um almoço. A primeira vez que cozinhei búzios. Em feijoada. A iguaria, sem falsas modéstias, revelou-se uma surpresa gastronómica.
Fica o testemunho visual dos despojos.
Os principais atores desta minha peça tiveram um papel crucial. Acho que o segredo do resultado final depende sempre deles: os ingredientes têm de ser de excelente qualidade. Tomate e cebola da horta, apanhados ontem, e búzios fresquíssimos. Chouriço e azeite cá do nosso Portugal. O feijão era de lata, certo, mas foi aberta com muito jeitinho… J. E o toque final: salsa também acabadinha de apanhar.
É realmente algo que me dá cada vez mais satisfação fazer: cozinhar.
Para o jantar, alhada de raia.
E, no entremeio, um Domingo calmo, a gozar o “cantinho mais lindo do mundo”: a minha casa.
domingo, agosto 14, 2011
Amor: retalhos
(...)
Quando nos esforçamos, quando damos mais um passo ou andamos mais um quilómetro, fazêmo-lo em oposição à inércia da preguiça ou à resistência do medo. (...) O amor, então, é uma forma de trabalho ou uma forma de coragem. (...) Se um acto não for de trabalho ou de coragem, então não é um acto de amor. Não há excepções."
sábado, julho 30, 2011
(Boa) Energia
quarta-feira, junho 01, 2011
Pequenos nadas
Não a crise externa, mas a crise interna. As pequenas crises individuais que se vão instalando dentro de cada um de nós, se nos deixarmos influenciar pela crise global.
São exemplos de medidas (com alguns recados para mim própria) que, acredito, se aplicadas com perseverança, ajudarão até a resolver a crise externa.
- Dê cor à sua vida. À mesa, nas saladas; nos objectos do dia-a-dia.
- Se a tristeza lhe bater à porta, não lha feche.
Deixe-a entrar. Mas não a impeça de sair.
- Valorize a família. Abrace os amigos. Procure a companhia de quem o faz sentir-se bem.
- Sorria mais. Ria melhor.
- Não se esforce por trabalhar mais horas.
Faça o seu trabalho hoje um pouco melhor que ontem.
E amanhã, esforce-se por fazer melhor que hoje.
- Economize um pouco todos os dias.
Se falhar algum, recomece no dia seguinte.
- Dê uso às suas pernas. Tire o pó à mochila que tem no armário e ponha pés ao caminho.
- Goze o sol. Mas não lamente a chuva.
- Plante: negoceie um talhão de terra, use o quintal, aproveite a varanda, ponha floreiras à janela.
Sinta a terra e as plantas todos os dias.
- Observe o mundo com os 5 sentidos. TUDO tem algo de bom. Procure com alma e com a mente aberta.
= Por muito torto que ande, encare a vida de frente =
quinta-feira, março 31, 2011
(Re)aprender a estar
Estar. Uma habilidade natural, com a qual todos os seres humanos nascem.
Mas que uma boa parte de nós perde ao longo da vida…
Na minha busca para reencontrar esta habilidade, encontrei no livro “Aprenda a meditar” de David Fontana, algumas orientações valiosas.
Mas nada como a citação de algumas das passagens que mais me chamaram a atenção para espelhar o que me vai na alma.
“Calma e Silêncio. (…) Vivemos num mundo tão poluído pelo ruído como pelos resíduos tóxicos. Raramente conseguimos ouvir sem entraves os sons do mundo natural. A forma moderna de viver separa-nos das nossas raízes. Ao longo dos séculos da nossa existência neste planeta, evoluímos em constante contacto com um silêncio dentro do qual os sons do vento, da água, da chuva e do canto das aves tocam, de tempos a tempos, como num vasto anfiteatro. Só nos últimos cerca de 200 anos renunciámos aos sons naturais a favor do ruído artificial das máquinas, que não oferecem beleza nem harmonia à mente e ao espírito.
As grandes tradições sempre nos aconselharam a voltarmos, de vez em quando, ao mundo natural, caso pretendêssemos aumentar a nossa força e compreensão interiores. Alertam-nos, até mesmo, para o facto de evitarmos a tagarelice inútil (…)
Uma boa parte de nós tem receio do silêncio e anseia por enchê-lo de som. (…) No entanto, a experiência do silêncio é tão necessária para a nossa saúde física e psicológica como a experiência da comunicação aberta, honesta e estimulante. (…) O silêncio faz parte dos nossos direitos adquiridos com o nascimento (…)
Ainda acerca do estar, aliado à identidade e à consciência do ser:
“ (…) sempre que meditamos tornamo-nos conscientes de que, embora tenhamos (…) pensamentos e sentimentos, eles não são quem nós somos. (…) A verdadeira identidade está para além destas experiências transitórias.”
“Tudo o que temos é o instante de cada momento presente. As preocupações com o futuro e a inquietação exagerada com o passado são consideradas distracções artificiais da experiência directa da vida.”
“(…) a meditação produz uma perda do significado que habitualmente atribuímos à identidade pessoal – de facto coloca-nos perante esse significado mais alargado do Eu, o qual sai da sua condição de coisa interna para abraçar a totalidade da criação e com a convicção de que o amor universal sustenta e une todas as coisas.”
domingo, março 20, 2011
Satisfação bio-poética
quarta-feira, fevereiro 23, 2011
Prece: espiritualidade e improviso
Há tempos assinei uma revista muito interessante, a Bonsai Focus.
Por uma razão ou outra deixei de o fazer, tirando mais partido hoje em dia de impulsos como o que me levou a comprar o número de Janeiro/Fevereiro de 2010. Temas com cerca de 1 ano, portanto. Mas o que me chamou a atenção foram precisamente palavras intemporais: dois dos artigos que lá se encontram disponíveis acabam por revelar, em conjunto, um pouco do que considero ser o modo como se devem abordar todas as questões, seja no Bonsai, seja na Vida.
“O Bonsai leva o seu tempo” “Uma árvore tem de ser educada como se de uma criança se tratasse.” “O Bonsai ensina-nos a paciência e transmite-nos a alegria de ter a Natureza perto de nós.” “Prática, prática, prática (…) Não é possível ter uma árvore bonita sem trabalho continuado”. São algumas das frases de um desses dois artigos, que refiro no Blog “Os meus projectos”, com o título “The Spiritual Way”. Ao mesmo tempo, outro artigo falava de um trabalho em particular, com um título que me agradou: “It’s like Jazz”. Neste, o autor diz que há que dar espaço para a árvore falar connosco, deixar fluir o trabalho e improvisar à medida que isso acontece…