Disseram-me algo que me fez pensar nisto. Meditar, mesmo. Digeri-lo. E incorporá-lo.
Não sei. Nem me apetece saber.
Mas apeteceu-me dizê-lo. Como se atirasse uma flor a um poço sem fundo. Sem eco, com um aterrar de veludo. (Quase) inaudível.
Patanisca - s.f. (De origem obscura) 1. Cul. Pastel frito feito com um polme preparado geralmente com ovos, farinha, cebola, salsa... a que se junta bacalhau. (in "Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea", Academia das Ciências de Lisboa)
Entretanto, ontem fui assistir a um espectáculo no Pequeno Auditório (muito simpático, por sinal) do Centro Cultural Olga Cadaval, em Sintra - o projecto "Sal". Gostei. Vai passar a ser, certamente, mais um CD que não me vou cansar de ouvir...
E o que é que estes três elementos têm em comum?
Fazem parte de uma sonoridade para a qual venho despertando: a musicalidade vincadamente portuguesa. Com o fado sempre à espreita e aquela dualidade que nos caracteriza, de colocar a alegria e a tristeza de mãos dadas, com a inevitável pontinha de nostalgia e saudade.
Quer-me cá parecer que o Cosmos andava a preparar há já algum tempo uma complexa conspiração a meu favor.
Irrepreensivelmente.
É uma actividade exigente. Talvez até mais para a mente que para o corpo. É preciso ter (ou desenvolver) um controlo individual apurado. E, como em qualquer outro desporto, há que aprender a técnica e praticar, praticar, praticar...
Gostei muito da experiência. Mas...
Não me caiu no goto. Não me enche as medidas. Aqui, o caminho é sempre para cima. E, quando não é para cima, é para baixo ("destrepa!").
Ora, embora goste de "subir na vida", o meu caminho é mais para a frente.
Apesar de tudo, a perspectiva é muito bonita.
As técnicas são essenciais para nos sentirmos mais à-vontade em outros caminhos. É um complemento precioso para outras actividades mais diversificadas.