A palavra natal provém de nātālis, uma palavra derivada do verbo
latim nāscor (nascer).
Como adjetivo, significa também o local onde ocorreu o
nascimento de alguém ou de alguma coisa e, nos países eslavos e ortodoxos,
cujos calendários eram baseados no calendário juliano, o Natal é comemorado no
dia 7 de janeiro), originalmente destinado a celebrar o nascimento anual do
Deus Sol no solstício de inverno (natalis
invicti Solis)*: nos primórdios dos tempos, o Homem assistia ao diminuir do
dia, fenómeno progressivamente aterrador principalmente a partir do equinócio
de setembro, em que as trevas ganhavam terreno à luz do Sol. No solstício de
inverno, a tendência alterava-se, trazendo nova esperança com o novo ciclo da
vida.
Ironicamente (ou talvez não), estava “previsto” o fim do
mundo para a data do solstício de inverno, no passado dia 21. Não aconteceu
(pelo menos, que tivéssemos dado por isso… e digo isto com o mínimo de ironia
possível. Matéria para outra volta…).
Voltando ao fio da meada, entre o dia 21 de dezembro e o dia
7 de janeiro assistimos a uma série de (re)nascimentos: o solstício, a
celebração do Natal cristão, o nascer de um novo ano.
Assim, o inverno é, também ele, uma época de renovadas
esperanças.
Este artigo é especialmente dedicado a todos os que se
sentem, de um modo ou de outro, como uma tarde invernosa: tal como as árvores
de folha caduca, também nós precisamos de um intervalo para recuperar forças.
Mas com a certeza que o Sol lá estará para nos ajudar a despertar de novo.
E haverá melhor tema para terminar do que o "Jardim de
Inverno", com a voz fresca da Susana Félix?
Mas eu fiquei,
me levantei,
o sol nasceu p'ra mim .
No meu quintal
nasceu novo jardim.
nasceu novo jardim.
Boas Festas a todos! E façam-me o favor de serem felizes!
* - Adaptado
da Wikipedia