segunda-feira, agosto 19, 2013

Comunicação assertiva.

Um dos meus horizontes é a assertividade.

Quando não se impõe, por fatores externos ou interiores, o silêncio (que também pode ser um sinal de assertividade), acho que devemos expressar a nossa opinião, sem com isso nos impormos nem, obviamente, ofender ninguém intencionalmente.

Esta expressão é tanto um direito como um dever de cada um de nós, enquanto cidadãos do mundo. E um dever acima de tudo porque, a expressão de opiniões, quando feita de uma forma consciente, fundamentada e assertiva, contribui quer para uma discussão saudável, quer para possíveis reflexões individuais. Coisas que, infelizmente, escasseiam nestes nossos dias de hoje...

Esta minha reflexão foi despoletada por um artigo escrito por Trina (“Why I Quit My Yoga Class”) partilhado na página do facebook do blogue da Rita (“The Busy Woman and the Stripy Cat”). Pelo artigo em si e pelos comentários que despoletou.

Considero-me  uma praticante “superficial” de yoga, com alguns conhecimentos (muito básicos); sou proveniente de uma família cristã, mas “auto-classifico-me” como agnóstica; não me identifico com as apreensões específicas do artigo da Trina.  Mas li o artigo até ao fim. E a minha brevíssima conclusão é que se trata de uma opinião individual, resultante de uma reflexão interior, de alguém que teve a coragem de a expressar e a virtude de o fazer de um modo que considero assertivo. 
E confesso que a questão que ela coloca no fim abriu em mim um espaço para a minha própria reflexão interior.

Posto isto, fiquei num misto de tristeza e alegria: triste pela agressividade expressa em alguns dos comentários, e contente pela constatação de existirem pessoas como a Rita que, apesar das divergências de pensamento e de crenças, têm a capacidade de dialogar sem atropelos. E de manter a vontade de aprender com quem discordam.


Para seres pensadores com vontade de aprender, a comunicação só se faz quando há alguém disposto a expressar a sua mensagem e alguém disposto a receber essa mensagem. 
Independentemente da análise de conteúdo e das conclusões que tira para si próprio.