Um sedutor de Nova Orleães com passado de proxeneta. Pianista de enorme originalidade, afirmou falsamente ter inventado o Jazz. Mas foi o primeiro a demonstrar que esta música se podia escrever.
O filho super protegido de um casal da classe média, que transformou uma orquestra de músico extraordinários no seu instrumento pessoal, compôs quase duas mil peças de música para ela e tornou-se o maior compositor da América.
Um filho de emigrantes judeus russos dos bairros pobres de Chicago, que aprendeu clarinete para não andar com más companhias, veio ensinar um país inteiro a dançar.
A filha de uma criada de Baltimore cujo estilo inconfundível transcendeu as limitações da sua voz e transformou repetidamente música medíocre em Arte.
O filho de um funcionário dos Caminhos de Ferro de Kansas City foi para Nova Iorque para lançar uma revolução musical, liderou-a orgulhosamente durante um breve período, e destruiu-se aos 34 anos.
O filho problemático de um dentista de East St. Louis que, na busca de novos caminhos para o som, se tornou o músico mais influente da sua geração.
E há também um miúdo pobre das ruas de Nova Orleães, cujo génio ímpar ajudou a tornar o Jazz uma Arte de Solistas e que influenciou todos os cantores e instrumentistas que vieram depois dele. Aquele que, por mais de cinco décadas, fez quem o ouviu sentir que, por muito más que as coisa estejam, tudo acabará bem.
Tirado de “Jazz. A história, por Ken Burns”. Uma pérola que descobri esquecida numa prateleira.
“Jelly Roll” Morton (1885-1941), Duke Ellington (1899-1974), Benny Goodman (1909-1986), Billie Holliday (1915-1959), Charlie Parker (1920-1955), Miles Davis (1926-1991), Louis Armstrong (1901-1971). Alguns dos grandes nomes dos Homens e Mulheres que contribuíram para a História do Jazz. Únicos. Humanos. E, por isso mesmo, Grandiosos.