É tudo uma questão de equilíbrio.
Equilíbrio interior, equilíbrio com os outros, equilíbrio do Universo... no fundo, por muitas voltas que se dê, vai sempre dar a, simplesmente, equilíbrio.
Mas a mensagem está lá.
Para quem a quiser compreender.
Para quem tiver a capacidade interior de a compreender.
Senti-me triste por me parecer que aquelas pessoas possam estar a deixar escapar a oportunidade de se deixar tocar ou, pelo menos, de questionar o que é que a autora do livro pretende transmitir, dando o benefício da dúvida ao filme e concentrando-se na mensagem em si.
Enfim...
Só uma nota final: o aparente completar do ciclo, que levou aos comentários referidos, fez-me lembrar um outro filme que me paira na memória de há muito para cá. "Primavera, Verão, Outono, Inverno... e Primavera", do realizador sul-coreano Kim Ki-duk.
Também a narrativa é aparentemente cíclica. E digo aparentemente, porque nada é cíclico: entre uma volta e outra há evolução, o que torna as coisas tridimensionais. Logo, em vez de um círculo, temos uma espiral. E um ciclo é, na verdade, uma volta da espira.
Nada regressa ao que era.
Mas em tudo há um equilíbrio a atingir.