Divagação sobre as impressões de uma tertúlia a dois.
A Arte é o expoente máximo da Técnica, por excelência.
Mas sempre acompanhada do dom da percepção intuitiva das coisas.
Possuir o dom, sem trabalhar a técnica, ou trabalhar a técnica sem possuir o dom, não leva a lado nenhum…
Quando se traça uma linha ou se escreve uma frase, há que ter a percepção do todo. Mas a técnica para se obter esse todo, que só se aperfeiçoa com o tempo de prática e aprendizagem, com a tentativa-erro, é essencial para se evoluir no modo de exprimir o que se tem dentro da alma. Não adianta saber traçar a linha ou saber o que se pretende escrever, tendo a percepção do todo, se não se pratica a técnica para aperfeiçoamento do concretizar do sentimento. E, do mesmo modo, não adianta de nada praticar a técnica se não se tem o dom de saber traçar a linha ou de se conseguir por um pensamento por escrito com a intuitiva noção de como deve resultar o todo.
Aqui comparo o Amor (em sentido lato) à Arte: nas relações entre as pessoas, há que ter o dom e trabalhar intensamente a técnica. Sem o sentir não há Amor. Mas sem se aprender a lidar com a rotina, os dissabores, os defeitos, as adversidades, enfim, as inúmeras dificuldades do convívio humano, também não se vai a lado nenhum…
E cada um tem de dosear os dois pratos da balança consoante a sua natureza: na Arte e no Amor.
segunda-feira, setembro 11, 2006
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